sábado, 9 de julho de 2011

Elogio ao pragmatismo


A literatura, as telenovelas e o cinema estão cheios de exemplos de personagens que namoram ou casam por dinheiro. A gente nunca acredita que pessoas pelas quais temos (ou melhor, tínhamos) respeito e consideração serão capazes de fazer o mesmo.

Dinheiro não gera amor, mas sela muito matrimônio. E convenhamos: amor não compra o gás, o leite, o pão, o carro de luxo ou a casa dos sonhos...

6 comentários:

  1. Tá ausente, Archibaldo. Apareça mais.

    Quanto à postagem, quando Nelson Rodrigues disse que dinheiro compra até amor, ninguém entendeu nada.

    Abração.

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  2. Ark, o dilema do amor é o mesmo da política: desafiar o que se coloca como inevitável ou anular-se diante do destino.
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    No primeiro caso afirmamos a soberania da nossa inventividade, a capacidade de criar o nosso próprio caminho, em vez de somente trilhá-lo.
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    No segundo caso nos submetemos ao peso das condições, rendidos pelo seu aspecto de inevitabilidade e fatalidade, abrindo mão da nossa autonomia criativa para nos tornarmos algo que outras pessoas esperam de nós.
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    No seu exemplo, manter as "conveniências" (sic) serve para hipervalorizar a imagem que a sociedade faz de um indivíduo (ter coisas, casa, carros etc), em detrimento do amor (o que guarda profunda coerência com sociedades provincianas)...
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    Mas há outros exemplos. O mais profundo e sugestivo deles é certamente aquele abordado na "Dialética do Esclarecimento" de Adorno/Horkheimer: o pragmatismo nazista (o "cumprimento do dever") como argumento justificador do extermínio sistemático de judeus...

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  3. Ando sem ânimo, Cleomilton. Mas logo passa - assim espero... Abs.

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  4. Amigo Archi, este blog poderá ser o remédio para a sua falta de ânimo. Criatividade, inventividade, imaginação e competência você já tem como jornalista. Use o que você tem, indigne-se e deixe sua "raiva" aflorar e use as palavras como arma contra os que o açoitam. Um abraço.

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  5. Oh! Arch. não desanime,saia para ver que verão lindo que está fazendo,como os ipês estão florindo,precisamos de seus textos para também não desanimar.

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  6. Te entendo pacas, vivi meu inferno astral no início do ano, mas tem uma coisa boa nisso tudo: passa rápido, viu? Conhece esse clássico da MPB? Lá vai um trechinho:

    Quando o sonho se desfaz
    E a solidão é mais, alguém já falou
    MAS É PRECISO VIVER
    E VIVER NÃO É BRINCADEIRA, NÃO
    Quando o jeito é se virar
    Cada um trata de si
    Irmão desconhece irmão
    E aí, dinheiro na mão é vendaval,
    Dinheiro na mão é solução e SOLIDÃO...

    Inspiradíssimo Paulinho da Viola quando escreveu esses versos.

    Queridão desejo tudo de bom p/ ti. Atualize quando der, não adianta forçar a barra quando o mundo nos parece em preto e branco, viva esse momento de introspecção e saia fortalecido depois, estamos todos aguardando seu brilhantismo e seus textos. FORÇA SEMPRE. Abraços.

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