Para Jaqueline Teles
Teus olhos, como brasas, cintilam
Na noite fria e vazia do meu humor.
Esqueço das coisas que desbrilham
E me concentro apenas no seu fulgor.
No breu do tédio, quais candeias,
Duas cintilações em minhas quimeras
– assim são teus olhos, que clareiam
Como o sol e as flores a primavera.
Porém se vão, em breve, os dois rubis.
Clamo a esmo teu nome, grito “Volta!
Me empresta essa luz que sai de ti”.
Só me resta escuro, o silêncio espesso.
O lamento dos grilos à minha porta,
E uma doce emoção que desconheço...
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