Os militares do Acre nunca trabalharam tanto para que o governo pudesse anunciar as boas novas de que a criminalidade recrudesce principalmente na capital. Policiais ligados ao Ciosp (Centro Integrado de Segurança Pública) confirmam “redução significativa” dos casos de assalto, conforme dados divulgados recentemente pela Secretaria de Segurança Pública.
Ao trabalho duro da PM, porém, não corresponde um único aceno do governo sobre a disposição de retribuir com vencimentos maiores, reivindicação que se arrasta há mais de um ano. A insatisfação de quem já se sente nos limites das forças será debatida no próximo dia 17, em assembléia na Escola Armando Nogueira, às 18 horas.
Os PMs também cobram posicionamento do atual comandante da Polícia Militar do Acre, José dos Reis Anastácio, quanto à reivindicação. Por hora fica a impressão de que Reis se curva à má-vontade do governador. Os ânimos, claro, tendem a se acirrar nesse cenário de muito trabalho e nenhuma conversa sobre reajuste na bolsa.
E essa situação acaba por gerar indisciplina. Nas formaturas que ocorrem em frente ao Comando Geral a cada última sexta-feira do mês, por determinação do comandante, os PMs, do meio das fileiras, gritam perguntas sobre o aumento que pleiteiam. E a coisa pode ficar pior.
Os policiais militares deploram ainda o fato de haver no governo muito aspone com rendimento de marajá - sem que para isso sejam obrigados a trocar tiros com bandidos.
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