quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Petecão e Flaviano Melo destinam emendas para São Paulo e Brasília

Montante alocado pelos parlamentares acreanos desde 2009 soma mais de R$ 1 milhão em emendas individuais do Orçamento Geral da União

O senador Sérgio Petecão (PSD) e o deputado federal Flaviano Melo (PMDB) destinaram emendas para o Estado de São Paulo e para o Distrito Federal, distantes do Acre 3.604 e 3.123 quilômetros, respectivamente. Segundo levantamento feito pelo economista Rafael Dene, os dois alocaram para aquelas unidades, desde 2009, quando Petecão ainda era deputado federal, um total de R$ 1,1 milhão.

Flaviano Melo demonstrou interesse, em 2009, até no fomento do turismo da cidade de Rio Claro, no interior paulista, para onde enviou emenda no valor de R$ 100 mil. Nos três anos subsequentes, o parlamentar acreano brindou a saúde paulista com outros R$ 600 mil, num total de R$ 200 mil a cada ano.

Por telefone, Flaviano explicou que o Hospital do Rim, em São Paulo, recebe “muitos conhecidos”, além de ser uma instituição pública e prestar assistência médica gratuita. Mas ele não soube especificar se os conhecidos a quem se referiu são acreanos.

Mui amigos

Para o ano de 2012, o senador Sérgio Petecão reservou emenda individual no valor de R$ 100 mil para apoiar a manutenção de unidades de saúde do Estado de Paulo. Vale ressaltar que o prefeito da capital paulista é Gilberto Kassab, do mesmo partido que o senador acreano.

Desde 2010 Petecão tem presenteado os paulistas e os moradores do Distrito Federal com recursos do Orçamento Geral da União. Neste ano foram duas emendas no valor de R$ 100 mil cada uma, enviadas a São Paulo e ao Distrito Federal. E em 2011 ele destinou outros R$ 100 mil para a saúde paulista.

São Paulo tem 70 deputados federais e três senadores e nenhum deles se preocupou em alocar emendas para o Acre. O Estado também tem o maior PIB (Produto Interno Bruto) do país.

A reportagem do Página 20 tentou contato com o senador, mas seu celular estava fora da área de serviço.

“Pouca vergonha”

O autor do levantamento, o economista Rafael Dene, definiu como “pouca vergonha” a atitude dos parlamentares acreanos.

“Esse dinheiro todo faz falta para os acreanos. É ridículo ouvir deles que estão trabalhando pelo Acre, pois só o que se vê é politicagem, é o jogo de interesses pessoais. Qual será a desculpa que eles têm para dar aos eleitores do Acre?”, desabafou Dene.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

De alma enxuta!


No dia 4 de outubro de 2010 postei esta foto aqui sob o título "De alma lavada!". Quatro meses depois a realidade me aniquilou o sonho. Em 120 dias aprendi sobre o Sr. Marcio Bittar o que não pude perceber durante sete anos de convivência. Empossado, ele mostrou toda a sua arrogância e indiferença para com aqueles que lhe foram leais até o último minuto.

Sete anos de trabalho com o Sr. Bittar me renderam quatro meses em seu gabinete e a constatação de que a presunção solapa muita carreira política; que o egoísmo afasta de nós os mais dedicados; que as melhores lições nem sempre são as mais agradáveis; e que não importa o que nos dão, mas o que fazemos com aquilo que nos é dado.

2011 foi um ano de perfídias, decepções, iniquidades. Mas foi também o ano em que aprendi que a vida compensa, com extrema generosidade, tudo o que nos fazem de mal. E que, no fim das contas, teremos de ser gratos àqueles que, com sua sacanagem, contribuem para que sejamos mais fortes e preparados.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Flor de malva

Era de graça
Era inteiramente seu
Caloroso como abraço
Estava longe
De ser falso
Mas agora se perdeu

Era só seu
E de mais ninguém
E foi de graça
Que você o recebeu

Era como estrela
D’alva
Uma bela
Flor de malva
Que agora feneceu

Era lindo
Como as garças
Útil como a traça
Que devora os papéis
Que ninguém leu

Talvez você não saiba
Mas foi o destino,
Esse cretino,
Quem lhe deu
E que a culpa
É da desgraça,
Mãe de todas as trapaças,
Que mandou
Que fosse seu

Agora não há graça
Em ver que por pirraça
Você mo devolveu

Era de graça
E estava longe
De ser farsa.

Mas agora se perdeu...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Um anônimo comenta e eu respondo

Anônimo disse...

"Assim como tudo tem um preço qual é o seu? o Homem que pregava a injustiças por parte do Partido dos Trabalhadores! Agora esta do lado vermelho? Quem diria! Archibaldo não seja hipócrita com você mesmo. Afinal, nunca sabemos o dia de amanhã..." 19 de dezembro de 2011 22:09

Minha resposta:

Meu caríssimo anônimo:

Todas as coisas que escrevi contra os petistas foram devidamente assinadas, porque nunca tive e nem tenho medo de mostrar a minha cara, que já levou muito tapa (no sentido retórico, claro) de vagabundo tanto do governo quanto da oposição. E todas as coisas que tenha que continuar escrevendo sobre eles continuarão devidamente assinadas porque, afinal, hipocrisia é esconder-se por trás do anonimato para fugir às consequências do que se diz.

Não devo satisfação a ninguém sobre minha atuação profissional, a qual por muito tempo devotei a uma corja de canalhas que quando chegam ao poder deixam de ser altruístas e solidários e passam a agir com o maior e mais descarado egoísmo. Mas vou te responder por pura indulgência, ok? O meu preço é o da honra, da dignidade, do profissional que se fez sozinho, estudando e lendo madrugadas inteiras e ralando sob sol e chuva, e que não se deixa mais enganar por larápios, estejam eles na oposição ou no poder. Se quer saber de que lado estou, meu amigo, eu lhe digo: do meu, do lado daqueles que me querem bem e dos que me respeitam pelo valor humano e profissional que tenho.

Quanto aos que permanecem na oposição, achando que os marcios da vida lhes farão justiça, só tenho a dizer que paguei um preço muito alto e que lhes desejo maior sorte que a minha - que, aliás, mudou bastante, graças a Deus.

Feliz Natal para você e sua família (espero que tenha uma, porque até isso eu perdi já faz dois anos).

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O velho bondoso e o menino esperto

Um velho encontrou um menino de rua e perguntou se ele queria ter mais bondade no coração ou uma nota de cem reais.

– Mais bondade, respondeu prontamente o menino.

E assim o velho lhe deu duas notas de cem.

Antes de ir embora, o velho ainda se virou para o menino e perguntou como ele sabia que, dando a resposta certa, ganharia duas notas ao invés de uma.

– Eu não sabia. Mas tinha certeza que devia parecer bonzinho pra ganhar alguma coisa.

Moral da história: às vezes a esperteza vale o dobro da bondade.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O mundo seria teu

Eu te daria o mundo
Se o mundo fosse meu.
Te daria reinos não tivesse nascido
Um raio de plebeu.
Daria astros não fosse um terráqueo,
E um lugar no céu, se lá houvesse espaço
Para pecadores como eu.

Eu te daria diamantes se houvesse como
Garimpá-los ao léu.
Te presentearia com estrelas, não fossem elas
Meros estilhaços
Do amor que se perdeu.

Não haveria Monalisa,
Apenas tu, se Da Vinci fosse eu.
Te daria oceanos,
Os cinco continentes,
Faria de ti a deusa do Olimpo
Se não nascera Zé, mas fosse Zeus.

Mas nada disso posso fazer, amor meu.
Por isso ofereço só o que posso:
Um coração que voltou a pulsar intensamente
No instante em que meus olhos
Pousaram sobre os teus.