sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Minha colheita

Nada há de mais triste nesta vida
Que olhar pela janela do passado
E se ver com os pés sobre o arado
De uma terra infértil e ressequida

De tudo tentei cultivar, todavia.
Plantei amor despudorado,
Prazeres vãos e um bom bocado
De ingênua esperança e alegria.

Plantou, colheu, é uma verdade
Que vale para tudo nesta vida.
Pois por longos anos minha lida
Foi a de colher calamidades

Não culpo a chuva ou o granizo,
Não choro as pragas sorrateiras.
O certo é que perdi as estribeiras
Ao jogar por terra o meu juízo.

Um comentário:

  1. Fala, grande Archibaldo... Encontrei teu blog no facebook da Valda... Vim, vi e gostei de tua letra forte... Quando (e se) vier em Macapá avisa aos navegantes do extinto CAL Philologus... Caso te dê na telha visita meu finado blog (www.pepemattos.zip.net)... Tá parado, mas vez em quando apareço por lá... Abraços...

    ResponderExcluir