sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Estridência camarada

A defesa apaixonada quase sempre ofusca a sensatez. E o pouco de bom senso que resta aos donos do poder no Acre tem sido malbaratado em ideias estapafúrdias. Moisés Diniz, por exemplo, acaba de criar regras para o exercício da crítica. Ele sugere que sou incapacitado para esse direito por nunca ter sido testado nas urnas.

Pela lógica mambembe do deputado, as ideias do jornalista Celso Russomano teriam primazia sobre as de Paulo Francis, já que o primeiro foi eleito deputado estadual e federal pelo Estado de São Paulo. No entanto, Francis não precisou de votos para se consolidar como o maior e mais ácido crítico do jornalismo brasileiro, sempre com o canhoneio voltado para os veleiros da esquerda porralouca, da qual o deputado é honorário expoente.

Mas o ataque de chavismo do comunista Moisés pode ser interpretado pelo viés emocional. Seu desconforto resulta de que minhas ponderações no post abaixo desmascaram quem sempre discursa como herói, mas pode proceder como lambaio.

Não creio que o substrato do julgamento preciso seja a aprovação das urnas – sobretudo porque muita autoridade eleita entre nós têm trocado os seus por alguns caraminguás no governo da FPA. O que avaliza qualquer crítica é o discernimento, o siso e a coragem de emitir opiniões – coisas de que me gabo possuir em demasia.

No artigo em que me ataca sem me citar, Moisés diz que “Nenhum governador ou prefeito do PSDB paga salário mínimo superior ao que estabelece a lei”, o que é uma deslavada mentira. Se não o reputo um sujeito de má-fé, posso sustentar categoricamente que Moisés é um desinformado. Já em 2010, o PSDB de São Paulo pagava um mínimo de R$ 560, valor igual ao agora rejeitado pela companheira Dilma Rousseff.

Moisés diz ainda que “é pura canalhice dizer que a Perpétua defendeu o aumento” da tarifa de ônibus. Ele afirma que não sei ler – e eu, que ele, ao ler, só entende o que lhe convém. Em postagem no Twitter, respondendo ao jornalista Francisco Costa, Perpétua escreveu o seguinte:

“rapaz, três anos sem reajuste, as empresas não aguentam, é fato. Agora, acho que a prefeitura deveria ter fatiado. Ficou pesado.”

Como se pode ver, a camarada não apenas defende o reajuste, como propõe o expediente das parcelas – provavelmente porque a conta não vai pesar apenas no bolso do usuário, mas haverá de atrapalhar o discurso de que o governo petista defende os pobrezinhos.

Moisés diz ainda que na época do governo FHC tudo era pior, já que os tucanos não gostam de trabalhador. Ora, já que os petralhas do Acre têm tanta afeição pelo povo, poderiam estabelecer aqui um salário mínimo superior ao que atualmente é pago pelo governo paulista. Ou só existem recursos para remunerar companheiro que vai embarcar no trem da alegria aprovado na Assembleia Legislativa do Acre - e com o apoio de Moisés Diniz?

Só mais uma coisa: outrora o deputado comunista disse que sou daqueles que guerreiam ao sol. Ele, ao não me citar em seu artigo, parece preferir as sombras. As mesmas em que se refugia sempre que é instado a falar sobre as aposentadorias pagas aos ex-governadores.

21 comentários:

  1. Caro Archibaldo,

    Não tratei de você quando falei de quem não tem voto, falava de um deputado que perdeu a eleição. E mesmo assim não citei o nome.

    Eu sempre preservo esse jeito de escrever, sou ácido, mas nunca personalizo.

    Não vou te responder, porque você está ofendendo muito, não estou entendendo esse rancor.

    Eu sempree escrevo mais leve.

    Gostaria que você retirasse a minha recomendação aí ao lado, quando comparo você a Salomão e Davi.

    Fico triste com esse nível de debate.

    Sinto muito,

    Moisés Diniz

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  2. Moisés, a citação será mantida, ainda que com o seu uso desautorizado. Você me tachou de canalha e quer que eu manere nas críticas? Justamente para evitar mal entendidos é que minhas palavras sempre têm endereço certo. E se não falava de mim, por que citar o PSDB e o governo de FHC, já que vc sabe que sou filiado ao partido?

    Desculpe, meu caro, mas nesse caso não acredito em coincidências, até porque o seu artigo foi postado logo depois do meu.

    Também tenho a mão leve para escrever quando não sou cutucado. E debato ideias, ainda que sua exposição seja da forma mais ácida. Isso significa que a gente não precisa levar o debate para o lado pessoal, pois ontem mesmo eu o elogiava em uma conversa com o Itaan Arruda. Seu artigo, portanto, não mudou minhas opiniões sobre você, só suscitou em mim a resposta que julguei conveniente.

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  3. Viu, Archibaldo? Foi criticar o comunossauro, agora ele não lhe considera mais o escriba da pena mágica ajudante de Davi e Salomão.

    Bem feito pra você, por falar a verdade - coisa da qual o comunista corre como o diabo da cruz.

    Eu já disse em outras oportunidades que sinto vergonha alheia pelo papel que desempenha Diniz. Sempre lamentável.

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  4. Caro Archibaldo,

    Você não entendeu. A forma grosseira como você me citou me obriga a pensar diferente sobre você.

    Eu o qualifiquei, no passado, como adversário nobre das letras. Não penso mais assim e gostaria que você respeitasse a minha opinião.

    Por isso, a insistência em pedir que retire a minha opinião postada em seu blog.

    Sei que você não me obrigará a utilizar outros meios para que o meu nome deixe de ser utilizado indevidamente. Você conhece a legislação.

    Eu só não vou mais debater com você, porque não quero, porque não estou precisando e porque me sinto ofendido.

    Reafirmo que é canalhice afirmar que a Perpétua defendeu o aumento da passagem de ônibus, porque ela não defendeu.

    Trabalhar ou não com a verdade faz um jornalista ser nobre ou canalha. Se você pedir desculpas à deputada Perpétua, publicamente, eu também peço desculpas a você.

    Eu ainda não cheguei no limite de chamar você de canalha, porque acho que você não é, apenas sugeri que é canalhice alguém afirmar uma verdade que não existe.

    Espero que considere meu pedido e retire a minha opinião postada ao lado de seu blog.

    Fica com Deus,

    Moisés Diniz

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  5. Caro Archibaldo,

    Esse Cleomilton só pode ser doente. Eu nunca debati com ele, porque ele não respeita nada. Os textos dele são pavorosos contra o socialismo.

    Eu não entendo como alguém tão jovem consegue ser tão amargo, tão frio, com uma alma tão embrutecida ao contraditório.

    Diga ele o que quiser, eu não responderei mais.

    Nas minhas orações, eu vou rezar pelo Cleomílton. Viu, Cleomílton, um comunista vai rezar por você, rsss....

    Abs, Archibaldo,

    Moisés Diniz

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  6. Caro Moisés,

    Não precisa fazer como o seu camarada Roberto Braña, que me acionou porque disse que ele tem uma "boquinha" na Assembleia Legislativa. Seu elogio anterior já foi removido.

    Quanto ao pedido de desculpas que você me faria se eu me retratasse com a Perpétua, esqueça. Não posso me desculpar pelo que os alguns dizem e depois, ante as consequências políticas do que disseram, exigem que a interpretação alheia se adeque às suas conveniências.

    Agora quem sente muito sou eu.

    Fica com Deus você também

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  7. Engraçado...

    O senhor Moisés Diniz não respeita, tanto menos entende ou considera, qualquer opinião contrária ao governo o qual serve e defende com unhas e dentes - é um súdito tão fiel ao petismo acreano quanto um cão de guarda. E sou eu quem tenho a "alma embrutecida ao contraditório".

    O senhor Moisés Diniz é atualmente filiado, e tem orgulho de o ser, a um partido comunista, cuja ideologia macabra dizimou 100 milhões de pessoas. E sou eu o "amargo de alma fria".

    O senhor Moisés Diniz é um comunista que "ora" e "reza" para o deus cristão, o mesmo deus que Marx e a corja pseudointelectual da laia dele menosprezava com toda força. E sou eu o "doente".

    Tempos sombrios os nossos.

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  8. A propósito, o senhor Diniz deveria despender suas energias para orar não por mim, mas pelo futuro da FPA. Afinal, aqueles a quem serve o deputado precisarão mesmo de muita reza "braba".

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  9. Esse cara Moisés chamado Cleomilton é sim doente, ele escreveu uma baboseira tal carta sobre o que ele achava da sua cidade, que é cruzeiro do sul. O mesmo divulgou ela pela midia achando que estava arrazando. não sei porque ele fala com tanto ódio do Acre e vive aqui.
    olha grande Moisés, não se nivele com esse cabra não.

    abraços....

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  10. Panthio,

    Esse comentário está a cara da FPA, cujos métodos de debate consistem em desqualificar adversários e ignorar seus argumentos. O pior é que quando vocês levam umas bordoadas, se põem a choramingar de que estão ofendidos, que não gostam de debate rasteiro, etc. e etc. - sempre a afastar de si a possibilidade do debate pelo simples fato de que os fatos e os argumentos lhes são adversos.

    Passou da hora de mudar essa ladainha.

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  11. O Cleomilton envergonha Cruzeiro do Sul. Ele tem fobia a tudo que é mudança. Ele defende abertamente o nazismo.

    É um doente mesmo.

    Paulo

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  12. Em briga de gente não gosto de me meter, mas, até o Angelim foi pra TV defender as empresas, dizendo a mesma coisa que a Perpétua. Ela concordou sim com o aumento, só achava que deveria ter sido "mais devagar", "um pouquinho de cada vez", pra ninguém notar ou reclamar. O que aconteceu foi um estupro consentido, já que não havia jeito mesmo o negócio é o povo fazer o que a Marta Suplicy recomendou: relaxar e gozar.

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  13. Meu caro Archibaldo,
    Moisés Diniz, o verborrágico, e a Perpétua só eram esquerda, enquanto não tinham mandato, não faziam parte da oligarquia pejorativa implantada no Acre pelo Vianismo, do qual eles são LACAIOS. Eles hoje são da esquerda, mas da esquerda festiva, regada a uísque escocês, champanhe francês e caviar iraniano. Bombom de cupuaçu, é puro disfarce!!!!! Eles gostam mesmo é de chocolate suíço...
    Cleomilton, a filosofia do povo ensina que ” ninguém chuta cachorro morto”, portanto, se o Czar Moisés Dinizovicth, fez essa referência a você...glória, você está mais vivo do que nunca!!! René Descartes disse: "penso, logo existo"; você pode dizer: ”incomodo, logo existo”.
    "É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar - bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês; trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola..." (Roberto Campos)

    Abraços democráticos,
    Joanna.

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  14. O Deputado esquece que a grande proteção do trabalhador é a inflação baixa conseguida com a estabilidade que o Plano Real proporcionou, plano que o PT foi contra de todas as maneiras

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  15. Caro Archibaldo,

    No meu blog eu não permitiria que um ANÔNIMO te chamasse de LACAIO. Eu jamais permitiria liberar o comentário.

    É uma pena que você tenha chegado a essa limite da permissividade. Na internet não pode tudo. Isso não é democracia.

    Alguém pode contestar a idéia do outro. Mas, isso é pura agressão. Não está correto. Você sabe disso!

    Abs,

    Moisés Diniz

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  16. O Panthio, como integrante da UJS (Argh!), suposto defensor dos interesses do povo, deveria sim estar revoltado com o preço abusivo das passagens de ônibus, com a precariedadade da saúde no nosso estado, ou ainda com a imoralidade e ilegalidade das pensões para ex-governadores, por exemplo...

    Contudo, não convêm aos moleques socialistas abordar tais assuntos, afinal de contas, não passam de militantes petistas, que sempre jogam os fatos na lata do lixo pela adoração cega a uma ideológica retórica vazia de conteúdo.

    Quanto ao primeiro anônimo, pelo contrário, eu torço, com todas as minhas forças, por mudanças. Você certamente se equivocou, os petistas deste estado são quem têm verdadeira fobia do verbo "mudar".

    Quanto ao comentário infeliz de que sou "defensor do nazismo", só posso lamentar. Se ele conhecessem um pouco de história, saberia que o senhor Moisés Diniz, como comunista assumido, está muito mais pra "nazista" do que eu. Afinal, socialismo e nazismo têm as mesmas raízes autoritárias. Vide Hannah Arendt e Pipes.

    Os ignóbeis deste estado acreditam que ser socialista é a mesma coisa que defender a sociedade. E que fazer oposição ao governo petista é ser contra o Acre.

    Triste de ver.

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  17. Moisés, concordo com vc, por isso removi o comentário. Mas também considero inoportuno os artigos que agridem sem revelar o destinatário.

    Foi o caso do seu post, que gerou este.

    Abraço.

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  18. Já não estou entendendo mais nada:

    O jornalista Archibaldo diz que é a cara da FPA desqualificar os adversários ao invés de combater os argumentos, significa então que o Dr. Cleomilton é da FPA ? Pois não é isso que ele só sabe fazer ?
    Não concordo que ele seja doente ou nazista, talvez seja só desencontrado com saída da cegueira existêncialista na qual a mente dele se encontra. Não deve ninguém preocupar -se, seriamente, no que ele pensa. O problema dele é que só sabe escrever diante de um espelho e isso não faz mal a outros a não ser a ele mesmo. Aí quem explica ? Deixem que seja feliz o nosso pedante Miltinho.

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  19. Jabor,

    Sua crítica é menos imoderada e seria até oportuna não fosse o conteúdo oco do silogismo que propõe.

    Quanto ao "narcisismo" alheio, diz a psicanálise que acabamos por projetar nos outros os defeitos que mais nos perturbam o inconsciente.

    Ao mesmo tempo em que afirma que ninguém deve incomodar-se com o que escreve o Cleomilton, você se dá ao trabalho de postar neste blog o seu incômodo em relação ao que ele diz.

    Freud explica.

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  20. Archibaldo, e o pior é que o Jabor é seguidor do meu blog. Vá entender que indiferença é essa que ele sente.

    Nem Freud explica.

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  21. Fã de Archibaldo e Cleomilton23 de fevereiro de 2011 às 16:58

    Não perdoem não, Archibaldo e Cleomilton, D-E-T-O-N-E-M! O amargor faz parte de quem aciona mais de dois neurônios ao escrever e não apenas o piloto-automático do discurso fácil e demagogo!

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