A coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou ontem uma nota contra a “espetacularização” da Justiça ao expor militantes do MST à execração pública. Ela se refere à prisão, na terça-feira, de membros do movimento por participação na invasão da fazenda Cutrale, em 25 de setembro de 2009.
A CPT é uma entidade ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A condenação que a entidade faz à prisão dos sem-terra está eivada de subjetivismo ideológico e mostra como isso interfere no modo de alguém enxergar a realidade.
Na nota, a entidade faz um paralelo entre a prisão de nove membros do MST, entre eles o líder Miguel Serpa, e o resultado da operação Satiagraha, quando a Polícia Federal prendeu 17 pessoas, entre elas o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas, e o ex-prefeito Celso Pitta.
Naquela ocasião, lembra a CPT, houve imediata reação do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, que condenou a operação da PF e mobilizou seus pares para votar o impedimento do uso abusivo de algemas. Com base nesses fatos, a CPT censura a exposição pública dos membros do MST no momento da prisão e afirma que a “cultura jurídica interpretativa dos fatos e das leis”, no Brasil, impõe tratamentos distintos a ricos e pobres.
Fatos e versões às vezes se misturam. E é aqui que entra o tal subjetivismo ideológico a que me referi lá atrás. A CPT considera um prejuízo de R$ 1,3 milhão causado pelos sem-terra na fazenda Cutrale como “a destruição de alguns pés de laranja”. E por quê? Porque acha que ante a roubalheira de milhões protagonizada pela elite, o banditismo do MST é coisa de quem não tem o que comer.
A CPT também ignora (ou pelo menos finge ignorar) que um dos presos, Miguel Serpa, recebeu mais de R$ 220 mil em repasses do Incra e celebrou outros convênios na casa dos milhões de reais sem que o dinheiro tivesse chegado aos assentados, como mostrou ontem o Jornal Nacional.
Tratar os acontecimentos dessa forma é, infelizmente, inviabilizar-se para o debate honesto. E como me refiro a uma entidade ligada à igreja, quero crer que essa desonestidade é fruto da ignorância - um mal bem menor que o logro e a mentira.
A nota divulgada pela CPT termina desejando que um dia sejamos todos realmente iguais perante a lei, como afirma a Constituição Federal.
Nesse dia, Lula não poderá mais dizer que Sarney não é uma pessoa comum.
Madrugando, né?
ResponderExcluirArk. A CNBB, CPT nomeio, é engraçada. Na notas e declaraçõs que deu sobre o famigerado PNDH do Governo, só cuidou de homossexuais e do aborto. Não fez defesa da libserdade de imprensa nem do direito à propriedade, ambos atacados pelo dito Programa. Alguns de seus membros ainda sonham com um socialismo cubano. Contraditório, pois esses caras matam os adultos que lhe são contrários, imagine fetos indesejáveis.
Acho que o primeiro erro no caso da Cutrale é que as terras "não eram improdutivas", pois, tinham milhares de pés de laranja plantados nela. O MST é uma indústria. Uma indústria da violência e do desrespeito. É apoiada moralmente e economicamente pelo governo Lula. Duvido que se o INCRA pegasse todos esses baderneiros do MST e desse para eles terras nos confins da Amazônia eles viessem pra cá "fazer a sua vida". A Igreja Católica deveria ocupar-se do que seja o dever dela. Pregar a Palavra de Deus, evangelizar, cuidar das pessoas carentes e necessitadas e deixar de meter o bedelho em política, o mesmo serve para as demais denominações. A política no Brasil é uma merda, mas, fede mais quando misturada com religião.
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