O ex-deputado Marcio Bittar me ligou na tarde desta sexta-feira para contar que participou, ontem, do ato público promovido pelo governador de Mato Grosso do Sul, André Pucinelli (PMDB), em favor da candidatura Serra. O presidenciável tucano, mesmo atacado de forte sinusite, foi ao Estado receber a homenagem e gozar da aliança de um dissidente peemedebista. Bittar, que está em Campo Grande, esteve no aeroporto para recepcionar Serra e sua comitiva a convite da senadora e amiga Marisa Serrano (PSDB-MS).
Entre os integrantes da comitiva serrista estava ninguém menos que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), responsável pela primeira grande onda de denúncias contra o governo petista. Jefferson, para quem não se lembra, foi o responsável em detonar o esquema do "mensalão", assim designado o pagamento, pelo governo Lula, a deputados em troca de apoio na Câmara Federal.
Bittar e Jefferson conversaram durante o ato público. O primeiro lembrou ao segundo as eleições de 2004, quando enfrentou nas urnas o petista Raimundo Angelim. No páreo esteve ainda o ex-deputado José Bestene, que acabou conhecido pelo bordão "bananas do mesmo cacho, farinhas do mesmo saco". A frase foi dita em um debate na TV, e era dirigida aos candidatos do PPS e PT.
Marcio Bittar queria saber do próprio Jefferson os detalhes de uma história revelada por ele no programa do Jô, da Globo, logo depois das denúncias do mensalão e reproduzida, se não me engano, no livro "Por Dentro do Governo Lula", da jornalista Lucia Hippolito. Na entrevista, Jefferson contou que o PTB fora instado, por Jorge Viana e José Dirceu, então ministro da Casa Civil, a apoiar a candidatura laranja de José Bestene, para tirar votos de Bittar, como de fato aconteceu.
Roberto Jefferson confirmou a história, o que demonstra que Bestene, sim, era a banana do mesmo cacho petista. "Quer dizer que foi a você, Marcio, que nós prejudicamos nessa história?", indagou o petebista, brincalhão.
Depois das eleições de 2004, Bestene virou parceiro comercial da prefeitura de Rio Branco e do governo estadual. Os negócios dele vão de vento em popa, mas ele não se dá por satisfeito. Quer voltar ao poder, e por isso será candidato a deputado estadual nas eleições de outubro. Que Deus, então, nos proteja.
Nem precisava esta confirmação, por aqui, todo mundo sabia do trato feito nos porões da eleição de 2004.
ResponderExcluirO jornalista é assessor de Bittar. Não vale.
ResponderExcluirAcho incrível a cara de pau de alguns políticos, assim fica difícil acreditar em alguém, onde vamos parar?
ResponderExcluirAo anônimo das 10:18:
ResponderExcluirVale então a versão do Bestene? Quem sabe então a do Jorge Viana, que nunca se pronunciou sobre o tema? Por que vc não dá a sua versao sobre os fatos, se é que tem uma?
É cada um que me aparece...
Já tinha conhecimento dessa história há tempos atrás... Triste. Parabéns por rememorar o fato, Archibaldo!
ResponderExcluiresse tipo de politico como o sr bestene tem que defenestrado da politica acreana, nao merece o respeito do povo, ele ja demonstrou que onde entra quer se dar bem, pode ser considerado o maior ladrao da coisa publica que ja apareceu por estas plaga, hoje é um dos homem mais rico do acre, o que esse cara tem de patrimonio em nome dos filhos é uma coisa impressionante. um abraço
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