sexta-feira, 11 de junho de 2010

A confirmação da farsa, seis anos depois

O ex-deputado Marcio Bittar me ligou na tarde desta sexta-feira para contar que participou, ontem, do ato público promovido pelo governador de Mato Grosso do Sul, André Pucinelli (PMDB), em favor da candidatura Serra. O presidenciável tucano, mesmo atacado de forte sinusite, foi ao Estado receber a homenagem e gozar da aliança de um dissidente peemedebista. Bittar, que está em Campo Grande, esteve no aeroporto para recepcionar Serra e sua comitiva a convite da senadora e amiga Marisa Serrano (PSDB-MS).

Entre os integrantes da comitiva serrista estava ninguém menos que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), responsável pela primeira grande onda de denúncias contra o governo petista. Jefferson, para quem não se lembra, foi o responsável em detonar o esquema do "mensalão", assim designado o pagamento, pelo governo Lula, a deputados em troca de apoio na Câmara Federal.

Bittar e Jefferson conversaram durante o ato público. O primeiro lembrou ao segundo as eleições de 2004, quando enfrentou nas urnas o petista Raimundo Angelim. No páreo esteve ainda o ex-deputado José Bestene, que acabou conhecido pelo bordão "bananas do mesmo cacho, farinhas do mesmo saco". A frase foi dita em um debate na TV, e era dirigida aos candidatos do PPS e PT.

Marcio Bittar queria saber do próprio Jefferson os detalhes de uma história revelada por ele no programa do Jô, da Globo, logo depois das denúncias do mensalão e reproduzida, se não me engano, no livro "Por Dentro do Governo Lula", da jornalista Lucia Hippolito. Na entrevista, Jefferson contou que o PTB fora instado, por Jorge Viana e José Dirceu, então ministro da Casa Civil, a apoiar a candidatura laranja de José Bestene, para tirar votos de Bittar, como de fato aconteceu.

Roberto Jefferson confirmou a história, o que demonstra que Bestene, sim, era a banana do mesmo cacho petista. "Quer dizer que foi a você, Marcio, que nós prejudicamos nessa história?", indagou o petebista, brincalhão.

Depois das eleições de 2004, Bestene virou parceiro comercial da prefeitura de Rio Branco e do governo estadual. Os negócios dele vão de vento em popa, mas ele não se dá por satisfeito. Quer voltar ao poder, e por isso será candidato a deputado estadual nas eleições de outubro. Que Deus, então, nos proteja.

6 comentários:

  1. Nem precisava esta confirmação, por aqui, todo mundo sabia do trato feito nos porões da eleição de 2004.

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  2. O jornalista é assessor de Bittar. Não vale.

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  3. Acho incrível a cara de pau de alguns políticos, assim fica difícil acreditar em alguém, onde vamos parar?

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  4. Ao anônimo das 10:18:

    Vale então a versão do Bestene? Quem sabe então a do Jorge Viana, que nunca se pronunciou sobre o tema? Por que vc não dá a sua versao sobre os fatos, se é que tem uma?

    É cada um que me aparece...

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  5. Já tinha conhecimento dessa história há tempos atrás... Triste. Parabéns por rememorar o fato, Archibaldo!

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  6. esse tipo de politico como o sr bestene tem que defenestrado da politica acreana, nao merece o respeito do povo, ele ja demonstrou que onde entra quer se dar bem, pode ser considerado o maior ladrao da coisa publica que ja apareceu por estas plaga, hoje é um dos homem mais rico do acre, o que esse cara tem de patrimonio em nome dos filhos é uma coisa impressionante. um abraço

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