quarta-feira, 6 de abril de 2011

Com Sarney regendo o fandango, Aníbal deve dançar

O senador Sérgio Petecão (por enquanto no PMN) tem dito aos aliados que o colega sem votos Aníbal Diniz, do PT, não deverá passar de outubro no cargo que herdou do companheiro Tião Viana. A história é velha, alegam os petistas, segundo os quais a Justiça Eleitoral já se manifestara contrária ao pedido de cassação do mandato. A celeuma se dá porque Aníbal não teria se desencompatibilizado do cargo de secretário de Comunicação do Governo do Acre no prazo estipulado pela Justiça.

Mas aos que têm alegado isso, Petecão diz que a situação passou a ser outra depois que Aníbal assumiu o mandato. E garante que por trás do desejo de empossar Carlos Coelho na vaga está ninguém menos que o rei do Maranhão e presidente do Senado, José Sarney.

Em 2002, o senador pelo Amapá João Alberto Capiberibe (PSB), e a esposa dele, Janete Capiberibe, eleita deputada federal, perderam os mandatos depois de um processo na Justiça Eleitoral que pode se transformar em tese de mestrado. Capi resolvera peitar Sarney quando ainda era governador. Teve problemas sérios com a Assembleia Legislativa e com o Judiciário. Eleito para o Senado, foi acusado de comprar dois votos por 26 reais cada um, a serem pagos em duas prestações de 13 reais. Qualquer juiz sério deveria ter desconfiado da farsa, mais tarde atribuída a Gilvam Borges, do PMDB, aliado de Sarney e empossado na vaga de Capiberibe.

Quem mexe com José Sarney acaba com os dedos queimados. Candidato à presidência do Senado, Tião Viana resolveu chamuscar o rei do Maranhão com um dossiê vazado à imprensa, segundo alega o próprio Sarney. Acostumado a dar pito em político do Acre que se sujeita ao mandonismo dos Viana, o senador petista achou que poderia ombrear-se a um dos homens mais poderosos do Brasil. Perdeu a eleição e ganhou um inimigo eterno e muito, muito poderoso.
 
Com Sarney de regente do fandango, é quase certo que Aníbal dance.

6 comentários:

  1. Caro blogueiro, conforme você falou na coluna prisma do dia 06 de abril, acho que foi o contrário, tiraram a esposa do seu querido aliado do ócio e a colocaram para trabalhar. O problema é que esta senhora é acostumada com boa vida e politicagem e quando se viu numa Secretaria super demandada percebeu que o negócio é mais embaixo, atrasar o salário de nós Engenheiros em mais de 30 dias é só uma das formas de perseguição desta senhora!!! Se for verdade os boatos...já vai tarde dona Nara!!! Vá para China!!! e traga uns presentinhos para o blogueiro!!!

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  2. Caro anônimo, em primeiro lugar sequer conheço a dona Nara; em segundo, não sou aliado do marido dela, o deputado Luis Tchê, que é do PDT, portanto da Frente Popular, aliança política que combato com unhas, dentes e neurônios; em terceiro, nunca recebi presentinho pelas notas que publico na coluna Prisma. Sou simbolicamente remunerado pelo site, o que me basta. Respeito seus pontos de vista e entendo sua contrariedade com o teor da nota, que pode não condizer com a verdade. Admito erros quando os cometo, mas tenho a virtude de assinar em baixo deles e das retratações, quando se fazem necessárias.

    Posso ser acusado de cometer meus pecados, menos o de ser venal e o de me esconder no anonimato, como você.

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  3. Se o Petecão tivesse essa bagagem toda com a prostituta da política nacional José Sarney, teria garantido de primeira a omologação da volta do fuso horário acriano. Eu acho que o cabeçudo não tem força e bagagem politica pra arrancar um mandato do PT, maior partido hj no congresso.

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  4. Caro Archibaldo,

    O dragão da maldade José Sarney paulatinamente perde fôlego no Amapá. Acostumado, desde sempre, a fazer cagadas homéricas pelo País, aqui foi abatido com duas significativas derrotas: a “harmonia”, grupo que arquitetou para se eternizar no poder através da corrupção, sífu; os bandidos, integrantes da “harmonia”, foram presos pela Polícia Federal, e “nós” reconquistamos o governo, de onde nunca deveríamos ter saídos. Outra baixa do “bandido honorável” foi à inexorável reconquista dos mandatos políticos do casal Capiberibe, que lutou estoicamente para recobrá-los. No mandato pretérito do Capi, em apenas dois anos de exercício, ele criou a Lei Capiberibe – transparência nos gastos públicos, Lei de nº131/2009 –, o advento político do século; enquanto Sarney, presidente do senado, chafurdava nos “atos secretos”. Aqui estamos enfadados de tapar o nariz com suas fedentinas – basta! –, que vá fazer suas cagadas alhures...

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  5. Panthio, devo te lembrar que em política nem sempre a solução imediata é o melhor caminho para quem pretende fazer o adversário sangrar até a morte. Resolver a questão do fuso só abreviaria a agonia dos petistas que nos empurraram goela abaixo a mudança do horário. E Petecão, mesmo que pudesse, não deveria fazer esse favor aos Viana. O resto a gente vai conferir nos próximos meses. Em desfavor de sua tese sobre o mandato do PT, queria lembrar que os companheiros andam apreensivos demais. Certamente porque percebem a iminência da decaptação. Abraço.

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  6. Ademir,

    notícias alvissareiras você nos traz. Nunca torci para José Sarney e deploro a delinquência dos seus métodos. Mas no caso do Acre, os companheiros merecem a inimizade que fizeram. Estão a provar do próprio veneno...

    Não deixe de aparecer e trazer a precisão dos seus comentários sempre inteligentes. Um viva ao Amapá, aos Capiberibe e a sua gente sempre guerreira! Abraço grande.

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