Tirei um tempinho nesta segunda-feira para dar uma atualizada no blog. Vim a uma lan house, e estou convencido de que as lans seriam grandes invenções se os computadores prestassem. Este que uso tem um teclado criminoso de tão indolente. É preciso apertar as teclas com força, o que gera erros e atrasa a produção do texto.
Bem, mas estou aqui por uma causa nobre. No primeiro dia de carnaval digital, minha nova vizinha teve o carro arrombado durante a madrugada. O ladrão – ou ladrões – levou uma mala com roupas dela e do filho de quatro anos de idade. O veículo estava estacionado a algumas quadras de um clube onde havia um baile carnavalesco, em uma rua paralela à principal.
Não culparei a falta de policiamento pelo furto. A polícia faz o que pode, e tem podido muito pouco ante a multiplicação dos crimes e a precariedade do aparato de que dispõe para lidar com os criminosos. Lembro, por exemplo, que os PMs que atenderam à ocorrência de roubo a banco de Feijó chegaram a pé à agência. E quando os policiais de Sena Madureira solicitaram o despacho de armamento pesado para lidar com os assaltantes, receberam uma negativa da secretária de Segurança Pública, Marcia Regina.
É fato também que a destinação de grupamentos policiais para proteção dos foliões do carnaval digital diminui o efetivo nas ruas. Os delinqüentes sabem disso, e tiram proveito dessa redução.
Porém, o que mais me chamou atenção no caso do arrombamento do carro da minha vizinha foi sua decisão de não prestar queixa na delegacia mais próxima. Ela disse que seria perda de tempo recorrer à polícia, o que me fez chegar a duas conclusões:
1ª – Parte da população não confia na eficiência policial, sobretudo quando o caso requer investigação. A desconfiança aumenta se a ocorrência é “miúda”, como um mero arrombamento de veículo.
2ª – O problema da segurança pública no Acre é pior do que tenta esconder o atual governo. Se as estatísticas são sonegadas por conterem números desabonadores à política adotada para o setor, essa realidade, na prática, é ainda pior, já que muitos sequer se encarregam de notificar os crimes de que são vítimas.
O problema de não conter pequenos delitos é que os delinqüentes, assim, tendem a se tornar mais perigosos.
Já passou da hora de o governo da floresta acordar do seu sono encantado e começar a fazer algo pela segurança dos que pagam impostos.
perdeu playboy.
ResponderExcluirpelo muleque da lã.
ResponderExcluirps. esse teclado safado tbm me atrapalha mas se o patrão não fosse mão de vaca não seria rico.
arquibaldo, para com essa mania de pedir demais. não tá vendo que pedir eficiência e responsabilidade desse governo é pedir demais... e mais, este ano eles querem que tudo se exploda. o compromisso agora é ganhar em outubro. o resto q se dane, amigo. e o povo vai elger o tião medonho, ñ tenha dúvida. e aí, tudo continuará como está, ou pior.
ResponderExcluirO engraçado nisso tudo é que durante os dias de carnaval não se viu nenhuma sirene de SAMU ou de Polícia. Será isso sinal de que o carnaval foi "tranquilo" ou conforme a minha desconfiança, há uma diretriz para isso?
ResponderExcluirArchibaldo,
ResponderExcluirNo ano passado, precisei fazer uma matéria sobre a violência no Acre. Pedi o número de roubos e furtos registrados no Estado. A resposta que tive foi: "Não vamos dar balas para depois levarmos um tiro na cara. Ainda não estamos loucos".
Este ano, no carnaval do estacionamento do Arena da Floresta, havia mais policiais que foliões.