Entrei numa redação de jornal aos 17 anos de idade. Lá se vão, portanto, duas décadas de dedicação ao ofício de escrever. Foram rolos de críticas e alguns acanhados elogios. Fazer o quê, se essa é a natureza da minha verve?
Apesar da língua solta e ferina, nunca antes tinha sido convocado a um tribunal para justificar ataques à honra de quem quer que seja. Hoje, porém, fui surpreendido pela notícia de que o jornalista Roberto Braña, assessor do presidente da Assembléia Legislativa, Edvaldo Magalhães (PCdoB), representou contra mim no Juizado Especial. Os fatos estão narrados na coluna Bom Dia, do jornal A Tribuna deste sábado.
Leiamos as informações abaixo. Voltarei em seguida.
Branã x Archibaldo
Um comentário do jornalista Archibaldo Antunes no blogue Contraponto (http://acrebaldo.blogspot.com) sobre a viagem em férias do também jornalista João Roberto Braãna levou este ontem cedo à sede dos Juizados Cíveis, onde representou contra Archibaldo. A audiência está marcada para o dia 17 de março. Branã quer ser indenizado por danos morais.
O cara de Caras
O título aí abre o comentário de Archibaldo sobre a viagem de Braña, que diz: “Jornalista Roberto Braña voltou ao batente após longa temporada na Europa em companhia da esposa. Braña é assessor parlamentar da presidência da Assembléia Legislativa do Acre. Fotos da viagem foram publicadas em seu blog, que ficou a cara da revista Caras. Diz o ditado que quem tem boca vai a Roma. Já quem tem uma boquinha pode viajar por toda a Europa.”
Castigo por tabela
Enquanto o assessor Branã buscava ontem indenização na Justiça, dois empresários do meio de comunicação aguardaram por longas horas a presença dele na Aleac, conforme combinado. Além de enfrentar intensa chuva, impropérios de funcionários da saúde, a dupla de empresários ainda levou tremendo chá de cadeira e saiu com mãos vazias apesar do reconhecido esforço do deputado Elson Santiago de resolver o problema, diante da ausência indesejada do funcionário. Na saída do prédio, ao comentar o assunto com alguns manifestantes, um dos empresários ouviu atentamente alguém sussurrar baixo: “Todo poder é temporário, jamais será eterno.”
Voltei. Braña me proporciona um "batismo de fogo". Na quinta-feira, ao nos encontrarmos na Assembléia Legislativa, ele deixou claro que está pagando a viagem internacional em parcelas de R$ 850 mensais. Sua implicância maior foi com o termo "boquinha", que jura se referir a "algo ilícito". Não é o caso.
Detesto explicar o óbvio, mas como a raiva lhe cegou o discernimento, fugirei à regra e tentarei ser o mais didático possível: "boquinha", meu caro Braña, é a vantagem concedida a quem entra na administração pública pela janela, sem prestar concurso e com salário de bacana.
Agora deu pra entender?
Salve, Archi. Seja bem vindo à confraria...Eu também alimento um bloguinho famélico chamado
ResponderExcluirCanibal Visual. Dê uma mordidinha assim que tiveres um tempinho.
Abraços e parabéns pelo blog.
Danilo de S'Acre
Meu caro Archibaldo,
ResponderExcluirO indivíduo faz um périplo pela Europa às expensas do cidadão comum e ainda sente ferido em sua honra,quando nós,os patrocinadores forçados de tal mordomia, somos informados.Seria hilário se não configurasse arrogãncia.
Ta certo o cara.
ResponderExcluirTa mamando!?
Vai pra Europa.
Viva o Comunismo!!!
Rapaz, este caso é sério! Não sei não, mas, acho que isso "já" é algum tipo de represália por você, Archibaldo, ter tido o "atrevimento" de fazer este blog. É a velha mordaça! O próximo passo será mexer alguns pauzinhos pra você perder o emprego. É a velha ditadura (civil) travestida de democracia impingida aos acreanos.
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