Representantes do Spate (Sindicato dos Profissionais Auxiliares, Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros do Estado) estiveram na Assembléia Legislativa nesta quarta-feira. Antes disso, engataram uma conversa com o senador Tião Viana. O motivo de tanta movimentação é a ameaça do Ministério Público Federal, que aponta o caminho da rua a cerca de 700 servidores da Saúde do Estado.
O MPF cumpre a lei. Quem a descumpriu por quase dez anos foi o governo do PT. Interessado, creio, em manter no balaio da Frente Popular os votos de 700 pais de família e seus dependentes, Jorge Viana foi dando caráter permanente a contratações provisórias. A saúde precisava de mão-de-obra. Os petistas, de votos. E nada melhor que um ganha-pão provisório para manter a fidelidade do eleitor.
Com a realização do concurso público Pró-Saúde, os prestadores de serviço se viram num beco sem saída. Como a tolerância do MPF chegou ao fim, e o governo pode substituir com tranqüilidade esse pessoal, só restará o lamento dos que desocupam a moita.
Só quem tem filhos e já se viu no olho da rua sabe o drama por que passam essas centenas de pessoas. Para agravar o problema, a cúpula da Saúde, segundo a direção do Spate, brande o chicote sempre que meia dúzia se junta com o objetivo de partir em busca de solução. Gente ligada ao secretário Osvaldo Leal não quer barulho em torno das demissões.
Deve ser porque - como tem dito o líder do governo na Aleac - este seja um ano de eleição.
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