Caminhonete com maca na caçamba é usada como ambulância no Acre

Lucas Frasão, do Globo Amazônia, em São Paulo

Veículo precário é o único disponível no município de Manoel Urbano. Traslados para hospitais demoram porque estradas de terra estão ruins.

A caçamba de uma caminhonete em condições precárias é a única forma de transportar pacientes em situações de emergência de saúde na cidade de Manoel Urbano, no Acre.

Com cerca de 7.500 habitantes e território que começa na divisa com o Amazonas e termina na fronteira com o Peru, o município também não tem hospitais e a única ambulância disponível está parada por falta de manutenção.

"Aqui trabalhamos só com prevenção, não com urgência. Não tem hospital, mas uma unidade mantida pelo estado", diz Eduardo Alencar dos Santos, secretário de saúde de Manoel Urbano.

Questionado sobre a condição da ambulância da cidade, o secretário afirmou que o carro é administrado pela unidade vinculada ao Estado. "A ambulância está funcionando em uma caminhonete adaptada. Ela roda, mas não sei em que situação se encontra."

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Comento
Parece que a grande imprensa resolveu descobrir o Acre. Não o virtual, que os jornais domesticados tratam em suas edições cotidianas, mas o Acre das mazelas às quais o governo virou as costas há muito tempo. Estou cada vez mais convencido de que os petralhas - em vão, óbvio - escoram-se na convicção de que a publicidade paga a peso de ouro pode cobrir de flores o rastro de incompetência, descaso e escárnio que eles vão deixando atrás de si.