Em tom exaltado, tucano condena "mentiras"

O líder da bancada tucana na Assembléia Legislativa do Acre, deputado Donald Fernandes, fez na manhã desta terça-feira um duro pronunciamento contra as "mentiras que os deputados governistas" costumam contar na Casa. O discurso exaltado de Donald foi uma reação à fala do comunista Moisés Diniz, para quem a oposição, ao levar para a Aleac o tema do assassinato do vereador de Acrelândia Fernando José da Costa, o Pinté, estaria tentando "politizar o debate".

"Eu mesmo fui vítima da violência, e por isso mudei de endereço na surdina", disse o deputado tucano, ao repetir que sua antiga residência vinha sendo rondada por pessoas estranhas, geralmente motociclistas. Relator da CPI da Pedofilia, o parlamentar chegou a pedir proteção policial ao governo, mas não foi atendido.

O tucano ironizou os dados apresentados por Moisés Diniz sobre a violência, segundo os quais o Acre é o segundo estado menos violento da federação. "Solicitei essas informações à Secretaria de Segurança Pública e o que recebi em resposta foi um documento sem nenhuma consistência", disse, citando em seguida a ineficiência da polícia para desvendar o sequestro do garoto Fabrício Augusto Souza da Costa, desaparecido desde o dia 16 de março.

Donald se disse ainda farto de ouvir promessas vazias dos representantes do governo da Frente Popular. "Há 45 dias o deputado Taumaturgo Lima, diante das denúncias de que as máquinas de hemodiálise do centro de nefrologia estavam quebradas, foi obrigado a prometer uma solução para o problema em duas semanas. Um mês e meio depois os pacientes da hemodiálise continuam na mesma", afirmou o deputado.

Em entrevista aos jornalistas no Salão Azul, Moisés Diniz (PCdoB) afirmou que a oposição tem o direito constitucional de denunciar o que considerar errado nas ações do governo.

Agressão
Pouco antes do desabafo, o parlamentar do PSDB havia contado que a vereadora petista Marleide Dourado da Silva, de Feijó, agrediu fisicamente a médica Leuda Davolos. Esta última, segundo Donald, ao dizer que denuciaria o fato à polícia, ouviu da vereadora a seguinte resposta:

"Pode denunciar que não vai dar em nada, pois eu sou do PT".