segunda-feira, 22 de março de 2010

Internato rotatório

Por Miguel Angel Suárez Ortiz

Notícia divulgada nos jornais da Capital dá conta da aprovação pela Câmara Municipal de Rio Branco de um projeto de lei apresentado por um vereador para autorizar o município a celebrar convênios com Universidades da Bolívia através dos quais os alunos dessas universidades seriam admitidos para realizar o internato rotatório nas unidades de saúde da Capital. Alega-se como justificativa que isso facilitaria a vida das famílias que mandaram seus filhos para estudar Medicina na Bolívia evitando-lhes despesas com a permanência desnecessária naquele país durante o internato e que, ademais, resolveria o problema da falta de médicos nas unidades de saúde do município.

O oportunismo político, a insensatez e a desinformação deveriam ter limites entre políticos e principalmente entre aqueles com mandato, assistidos por um elenco de “assessores”, em tese, aptos para evitar atos falhos e dar substrato aos projetos apresentados. Não é o que acontece neste caso, onde há clara manipulação de fatos em busca de votos, porquanto é segredo gritado por todos os cantos que o vereador autor do projeto é candidato a deputado estadual.

Restringindo-nos ao tema, digamos, primeiro que o INTERNATO ROTATÓRIO é parte integrante e não destacável, do curso de graduação em Medicina. Trocando em miúdos, um curso de graduação em Medicina é constituído por três ciclos: o básico, o clínico ou profissional e o de aplicação ou internato. O básico e o clínico acontecem em sala de aula e em laboratórios específicos para a formação teórica do futuro médico. Já no INTERNATO o aluno deve receber treinamento prático e intensivo, sob a forma de estágios em instituições prestadoras de serviço médico, de modo a assumir progressivamente e sob supervisão permanente de seus professores, a responsabilidade pela saúde e tratamento dos pacientes ali atendidos.

O internato é denominado Rotatório, porque o aluno deve passar obrigatoriamente pelas quatro grandes áreas da medicina: Clínica Médica, Pediatria, Gineco-Obstetrícia e Clínica Cirúrgica e aqui no Brasil, pela última incorporada depois da implantação do SUS, Medicina da Família e Comunitária.

Os ALUNOS durante o INTERNATO cumprem estágios em unidades de saúde específicas, sempre sob orientação de professores porque, repitamos, o objetivo é formar médicos indiferenciados, mas capacitados para atender à população em nível básico pelo menos. Para completar, recordemos que no internato rotatório o treinamento em serviço é complementado com aulas acadêmicas.

Pois o projeto do vereador desconsidera esses fatos e tenta vender a idéia de que o interno já é um médico e que como tal pode atender à população o que, convenhamos, é uma soberana estultice.

Com o tipo de atendimento que é dispensado aos nossos pacientes na rede pública do município de Rio Branco, onde atá médicos estão sendo substituídos por enfermeiras que se fazem chamar de doutoras para passar como tais e que, por outro lado, sequer conta com laboratórios para os exames clínicos de rotina, esses coitados alunos de Medicina poderiam aprender o quê?

Será que é esse o tipo de formação que as famílias acreanas querem para seus filhos estudantes de Medicina na Bolívia?

Olhando em outra direção, sem orientação de docentes universitários, sozinho, qual o tipo de assistência que um aluno de Medicina poderia oferecer à população? Será que o vereador teria coragem de buscar esse atendimento para ele, ou entregar algum filho para ser tratado por esses alunos?

Quanta falta de honestidade, minha gente! Estão querendo fazer política com algo extremamente sério pensando que isso não vai custar nada para a população. Pior, estão querendo transferir um custo que é das universidades bolivianas para nós que nada temos a ver com as bandalheiras que por lá são cometidas uma vez que é condição básica para a implantação de um curso de Medicina o contar com hospitais-escola. Se a universidade em que esses meninos estudam não tem hospital-escola, tirem eles de lá porque essa não é uma escola de Medicina, é um caça-níqueis.

Para a população o custo também deve ser individualizado e deve repercutir no paciente, passível de atendimentos desqualificados ou no coitado do aluno que, despreparado, vai ter de responder por qualquer mínimo erro, e sem chance de desculpa uma vez que nessa hora o político desaparece do mapa.

Vivemos momentos críticos nos quais a politicalha grassa, especialmente, na área médica, com candidatos querendo tirar proveito da miséria alheia sem a menor preocupação com a qualidade do atendimento. E pensar que esse povo se diz orientado por Deus. Vade retro!

*Miguel Angel Suárez Ortiz é advogado

13 comentários:

  1. Polêmico o seu artigo.Concordo em 90% Mas o senhor é muito especulativo e as perguntas que o senhor faz talvez seja porque não conheça a realidade daqui. Não dá para argumentar sobre que o senhor está certo quanto ao signifacado do Internato na formação. Mas saiba que mesmo isto estando certo, muitos opniam e agem ao contrário ao que se estabelece, tanto estudantes como médicos e profissionais dos hospitais do Acre e de outros estados que recebem alunos daqui para cursar o internato.
    Estudo aqui em Santa Cruz, faço meu internato em hospitais daqui, sou paulista, tenho coragem de dizer que a maioria dos acreanos que conheço não tive boas experiências como pessoas e não sou o único. Mesmo assim, tenho amigos acreanos sem contar que a maioria dos estudantes aqui são do Acre. Eles vão "gostar" de ler o seu post.
    Advogado para meter o pau no curso daqui não falta.
    Ah! e o senhor não tem notícia de médico ou estudante formado aqui, "vendendo cura" ou fazendo bobagem como vemos todos os dias no noticiário. Muito pelo contrário. O fato da gente ter que revalidar o diploma no Brasil, exige que estudemos mais e nos preocupemos em saber das coisas. Porque sempre seremos questionados até conseguir o CRM. Pense nisto na hora que o senhor precisar de um médico. O formado no exterior tem que passar por um processo seletivo longo e extenuante antes de exercer no Brasil. Já quem é formado no Brasil, pega o diploma e o registro CRM direto sem nenhum exame que comprove se este profissional que está entrando na sociedade e mercado de trabalho está realmente preparado. Não questiono a existência do processo seletivo, que acredito que é a forma justa de avaliar....assim como os advogados tem que prestar OAB, defendo que os médicos, tanto com diploma nacional ou extrangeiro devem também passar por esta etapa. Mas antes de especular, procure pesquisar um pouco.
    Publicarei o teu post no meu blog.

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  2. Caro Archibaldo,

    Extremamente oportuno o post. Dentre todas as matérias publicadas na mídia local sobre o referido projeto, trata-se da única revestida de bom senso. Além do que, transpira verdade.
    Não vejo nada que desabone o artigo, nem consigo perceber onde o autor "especulou" em desfavor dos médicos formados na Bolívia. O que o mesmo questiona é o dito "atendimento" prestado pelos INTERNOS e não por médicos. Questiona, ainda, a qualidade de uma escola médica que não dispõe de hospital-escola, o que é perfeitamente plausível. Ora, o internato, muito mais que mero estágio curricular, é instância de aprendizado em serviço. Não é factível desconfiar de instituição que não dispõe de campo de prática para sua aplicação? Aqui no Brasil, não se pode abrir um Curso de Medicina, sem que o mesmo esteja ligado a um hospital de referência regional. Motivo pelo qual, muitas universidades particulares encontram dificuldades em abrir seus cursos.
    Quanto à realização de prova de revalidação para médicos formados em outros países, a mesma se faz necessária, pois não há controle da formação acadêmica desses profissionais por parte das autoridades competentes brasileiras, como ocorre (superficialmente, a bem da verdade) com as instituições nacionais.
    Sou a favor, contudo, de prova para inscrição no CRM para todos formados no Brasil, não por reserva de mercado, como a prova da OAB parece ser, mas justamente pelo controle da formação ser realizado apenas superficialmente como destaquei acima.
    E antes que algum colega desavisado argumente que penso de tal maneira por não ter conhecimento de causa, sou acadêmico de Medicina da UFAC e em outubro inicio meu internato, sob supervisão dos profissionais despojados e altruístas que cedem seu tempo para, atuando como professores, preceptores e colaboradores, ensinar o ofício e arte de Hipócrates.

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  3. Só vou falar uma coisa da UFAC. LÁ TEM ESQUEMA PARA COMPRAR VAGAS...É só procurar na internet:

    http://www.ufac.br/informativos/ufac_imprensa/2004/06jun_2004/artigo1177.html.

    Se dá pra duvidar da qualidade de uma faculdade que não tem um hospital escola (mas tem convênio com hospitais de toda a Bolívia e alguns do Brasil) também é dá pra duvidar da idoniedade de uma universidade envolvida em esquema de venda de vagas no vestibular.

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  4. Prezado Dr.
    Lí seu artigo e concordo em vários pontos, especialmente aqueles o qual o senhor manifesta uma profunda preocupação com a saúde alheia, questionando se caso algum vereador padecesse de uma doença, iria se consultar com algum aluno de internato de uma faculdade de medicina boliviana. A resposta todos nós sabemos.
    Isso me fez lembrar que, algum tempo atrás, o nosso presidente, ao sofrer de uma crise hipertensiva logo após inaugurar uma unidade básica de saúde no nordeste do Brasil, foi levado em seu avião presidencial para o INCOR em São Paulo, com a finalidade de ser atendido pela nata de profissionais médicos do nosso país. Acho que seria muita insensatez de qualquer pessoa, perguntar o por que o nosso excelentíssimo presidente não foi atendido em uma UBS do nordeste.
    Mas ainda assim, lhe dou plena razão ao criticar o PL do vereador, embora o nome do parlamentar tenha sido omitido em seu artigo.
    Estudo medicina na Bolívia, porém, sou formado em farmácia e bioquímica em São Paulo e atuei na área por 6 anos. Nesse período, tive o desprazer de trabalhar em um estado da Amazônia legal e, posso afirmar que essa região carece tanto de médicos como enfermeiras, odontólogos, fisioterapeutas e etc. Com conhecimento de causa, digo que muitos dos profissionais que atuam nessa região (isso inclui o Acre), em sua maioria, não são exemplos de competência profissional e comprometimento com a saúde pública.
    Criticas a parte, o senhor como jurista, tem gabarito para avaliar se esse PL é constitucional ou não.
    E, devido a sua notória preocupação com a saúde das famílias acreanas, espero que na condição de advogado, o senhor denuncie junto ao órgão jurídico competente, essa proposta absurda mostrando assim, que o senhor é um profissional e cidadão que não se resume a fazer críticas nas blogsfera.
    Atenciosamente.

    Juliano

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  5. O comentário do Hermes é ofensivo aos acreanos. Soa muito preconceituoso, exalando xenofobia, inclusive. Como você é paulista, por certo não conhece a realidade do Acre,e os motivos da crítica tecida ao projeto de lei.Os acreanos,que estudam aí,por certo sabem qual é o custo benefício desse convênio.Além de publicar o post no seu blog,aproveita e publica junto o seu comentário.

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  6. O artigo em questão aborda, de forma pontual, o oportunismo político desse pretenso convênio, com o município de Rio Branco. O mérito da questão reside não no fato de se celebrar um convênio ou não, mas a falta de embasamento técnico, que requer a causa. O artigo fala que os assessores-tão bem remunerados- poderiam dar “substrato aos projetos apresentados”. Poderiam, melhor, deveriam sim, pelo menos realizando uma análise, com uma equipe formada por profissionais que atuam como professores, universitários e conhece bem as agruras do internato rotatório, porque já passou por ele.
    Alegar questão meramente econômica, não soa assim, como algo convincente. Quem tem um filho fazendo um curso de medicina, ou outro qualquer,seja no Brasil ou na Bolívia,sabe o ônus que representa no orçamento de cada um, estando preparado para arcar com o mencionado ônus. Faço a seguinte indagação: um estudante que seja do Acre, porém residente no interior, não terá o mesmo gasto para sua manutenção, quando do internato rotatório na capital?
    Se um estudante de medicina, no internato rotatório, comete um erro médico, pergunto como será o futuro desse jovem, com tamanha responsabilidade, antes mesmo de ser profissional? É justo debitar na conta de jovens, que almejam e lutam por um futuro promissor, o débito da mentira da “saúde de primeiro mundo”?
    O projeto é oportunista, além de ser um engodo, um embuste!Quando passar Outubro, será encaminhado pelo próprio autor, para a gaveta do esquecimento, até a próxima eleição.
    O artigo traduz a coragem de quem não se esconde, de quem não tem medo de expor suas idéias. Traduz a preocupação de um profissional que busca embasamento técnico, para fazer as suas observações. Polariza a responsabilidade profissional com a irresponsabilidade politiqueira. Parabéns, Dr. Miguel Ortiz!
    Abraços,
    Joana.

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  7. O curso de Medicina da Bolívia é muito bom...para os bolivianos, pois cada país tem suas peculiaridades. Como um estudante de outro país saberá pobre a legislação do SUS, epidemiologia e até mesmo a terapêutica brasileira? Existe muito mais fraude nos processos de revalidação do que nos vestibulares. Caso você saiba de algum, denuncie! Quem se presta a fazer faculdade sem prestar vestibular, Meus Deus! Concordo que o vestibular não é o melhor método, mas é muito melhor que nenhum. Qual o melhor método de ingresso? O que se percebe é que muitas famílias querem ter um "Doutor" na família...e muitos adolescentes preferem justificar sua incapacidade alegando que só "filho de papai" passa. Saibam que existe o PROUNI, SISU, FIES, BOLSAS, tudo isso para APENAS ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS. Ora, se todos são de escolas públicas, como justificar seu fracasso perante a família? Não fez colégio particular, mas perdeu para outra pessoa que também não estudou em particular, e aí? Culpar a quem nesses casos? Ou é mais fácil partir para um país onde a Medicina é uma mercadoria barata e não exige intelectualidade. Essa história de sonho com Medicina, mas não tenho chance é balela, provavelmente viu algum médico com um carro do ano e não teve a coragem de batalhar (estudar diariamente por anos) para conseguir. Assim, para quem prefere se assumir como coitado, vamos pra Bolívia?
    Ao dono do Blog, meus parabéns! Conseguiu passar sua mensagem aos leigos, só resta saber se realmente eles estão interessados nisso, afinal, se ainda existe populista é porque ainda existem o populismo, infelizmente!

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  8. Se é para "procurar na internet" notícias relacionadas à fraude de 2002, vejamos também o desfecho da história:

    http://www.folhadoacre.com/navegacao/ver_noticia.php?id_noticia=7811&editoria=

    http://portalamazonia.globo.com/pscript/noticias/noticias.php?pag=old&idN=73970

    E, principalmente:

    http://www.prac.mpf.gov.br/news/justica-federal-condena-fraudadores-no-acre

    Conforme as notícias relacionadas e a sentença proferida, a UFAC não formou e nem formará fraudadores.

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  9. PARA VOCÊ, ANÔNIMO DAS 00:19,E PARA CORROBORAR COM O COMENTARIO DO BRUNO


    Faculdades são vítimas da quadrilha em todo o Brasil

    Os autos do processo revelam que faculdades em vários estados já foram, e podem ainda estar sendo vítimas desse tipo de quadrilha, sendo as seguintes as que já sofreram com a ação do bando: além da Universidade Federal do Acre - UFAC; Universidade Estadual do Amazonas - UEA; Escola de Medicina Santa Casa de Misericórdia/ES; Universidade Federal do Espírito Santo - UFES; Associação Educativa Evangélica de Anápolis/GO; Universidade Federal de Goiás/GO; Universidade Católica de Goiás; Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT; Universidade Uberaba/MG; Centro Universitário de Belo Horizonte - UNIBH - MG; Faculdades Integradas do Vale do Ivaí - PR; Universidade Gama Filho/RJ; Universidade Iguaçu/RJ; Centro de Ensino Superior de Volta Redonda - RJ; Universidade de Passo Fundo - RS; Associação Catarinense das Fundações Educacionais - ACAFE - SC; Sistema Unificado de Provas por área - SC; Universidade de Marília - Unimar - SP; Universidade do Oeste Paulista - Unoeste - SP; Universidade Estadual Paulista - SP; Universidade São Francisco - USF; Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos - TO; Unigranrio - RJ; UNIC de Itaperuna - RJ; UNIC de Nova Iguaçu; Faculdade de Vespasiano - MG; Faculdade de Caratinga - MG; Faculdade de Barbacena - MG (FADI); Faculdade de Araguaína - TO; Faculdade de Gurupi - TO; Universidade de Bragança Paulista - SP; Universidade Estadual de Montes Claros - MG (Unimontes).

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  10. Dios provera entre las personas de malos conrazones los cuales envidian o disprecian personas como el mismo, Y con el mismo potencial que el sabiendo que Dios es lo mas importante en nuestars vidas deverian dejar de meterce o criticar al proximo.
    Y para terminar quiero que pencen que toda UNIVERCIDAD de medicina en el mundo tiene que respectar cliterios bien definidos de un organ muy discreto pero que oferece mucho estudios sobre la medicina propriamente dicha llamo organizacion mundial de la salud (OMS).
    Sin mas por el momento espero que los tan grandes y brillantes estudiantes de medicina en brasil que leyan esta pagina cepes almenos como bajar un traductor en el google!!!!!!

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  11. Nadie quiere su CRM gratis o sin hacer evaluaciones teroricas y practicas solo queremos que nosotros tengamos los mismos directos y deberes de los estudiantes de medicina en Brasil>>>>>>>>>
    Que Dios los bendigan y muestre como no seren preconceptuosos!!!!!!!!!!!!
    Traduzir en google.com traductor el mundo...

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  12. Cada canto do pais tem sua corja de politicos a espera de oportunidades para se promover, isso todo mundo sabe, não é novidade alguma.
    Quanto ao tema de alunos de medicina atenderem pacientes, claro que é um absurdo. Nós alunos sabemos que não temos o preparo e a experiencia necessária para atuar na área assim que saimos da universidade. Mas também sabemos que as oportunidades para nós formados aqui na Bolivia são escassas e rodeadas de preconceitos, como se aqui fosse o único lugar do planeta onde há corrupção e fraudes. O que nos interessa é aproveitar as oportunidades sejam elas onde forem.. ACRE, Nordeste, Sul, sejam criadas por políticos em busca de votos ou não. O que todos queremos são oportunidades e posso garantir que todos, absollutamente todos que estivessem no nosso lugar, pensariam exatamente igual. É fácil falar quando se está de fora, quero ver aguentar 5 anos de Bolivia, virar noites e noites longe de casa com uma responsabilidade enorme sobre os ombros e dizer NÃO a uma chance de fazer internato no Brasil quando ela aparece.

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  13. Internet é um lugar onde quem quiser expor suas
    idéias e comentar de sua maneira pode fazê-lo!
    Estar dentro da situação lhe dá o direito de
    comentá-la, não estar nela, até o direito de
    especular não é lícito. Quem disse que médicos
    formados em outros países (Bolívia, Argentina,
    Cuba...) não tem preparo profissional? Se não
    fosse assim creio que profissionais vindos de
    citados lugares jamais estariam trabalhando e
    com CRM no Brasil! Quem vai subjulgar, avaliar
    e aprovar ou não ditos acadêmicos que buscam
    uma vaga no mercado de trabalho, serão, claro,
    os órgãos responsáveis por tal. Então não há
    porque o "disse me disse", e "historinhas"
    sobre tal assunto. Sou estudante do 10° período
    de medicina em Santa Cruz - BO, e em 3 meses
    estarei iniciando meu internato (Se Deus quiser
    no Brasil) mostrando com garra e sabedoria, que
    nós, formados "pelo lado de cá", somos tão
    capazes, como os formados no Brasil.

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