Por Reinaldo Azevedo, da Veja
A hóstia, quando não-consagrada, não passa de farinha misturada a água. Para os que não são católicos, continua a ser farinha com água mesmo depois da consagração. E, ainda assim, seu consumo tem restrições, tenha passado pela Eucaristia ou não: os portadores da doença celíaca — que os torna incompatíveis com glúten — precisam avaliar com cuidado…
Não há crença ou santidade que retire o glúten da hóstia, entenderam? Se alguém quer acreditar que Deus faz milagres a granel, tudo bem; pode esperar que Ele cure a sua incompatibilidade com o glúten. Mas uma coisa eu posso asseverar que Deus não fará: mudar a composição química do glúten.
A ancestralidade do daime não muda a sua química. Continuará a ser uma droga alucinógena que, misturada a outras drogas perigosas, seja o seu consumo ritualístico ou não. E não há patrulha politicamente correta que mude isso.
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