Poema enviado ao blog pelo leitor Jânio da Cunha Bastos
Passado, presente realizado.
Presente, passado se realizando e se inventando.
Futuro, tempo da espera – ou a ação do presente?
Passado, em ti jaz meu eu de outrora,
Refletido nessas imagens baças da memória,
Que me dão esse prazer fugaz de relatar-te e reviver-te.
Não que eu pense que falo de ti mesmo,
Como objetivo-presente; na mesma atmosfera emocional que aconteces-te.
Pois tu te perdeste nesse oceano de fragmentos - a memória.
E, se te trago ainda comigo, é apenas por que me divertes esses teus trazes caleidoscópicos, esse turbilhão de vividos que me acompanham,
Que, por contraste, me dizem quem sou agora - fluição.
De memórias herdadas, vividas e inventadas és constituído,
Mas nem por isso, posso viver sem ti.
Jânio da Cunha Bastos, 27 anos, é aluno do 7º período do curso de História da Universidade Federal do Acre.
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