quinta-feira, 18 de março de 2010

Poesia interiorana



Cidadezinha qualquer
(Carlos Drummond de Andrade)

Casas entre bananeiras
Mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.

Me pego a perguntar aos meus sempre intrigados botões se a vida da gente do interior do Acre, onde estão os mais destemidos, aguerridos e doces seres humanos que já conheci, não é mais cheia de significado e grandeza que esse arremedo de existência que levamos na agitação da capital.

A foto acima, no município do Jordão, revela que a pressa não faz parte do cotidiano. E mesmo açodados viajantes da capital, na falta de um táxi, podem contar com a inventividade de um transporte alternativo.

Um comentário:

  1. MEUS OITO ANOS

    Casimiro de Abreu

    Oh! que saudades que tenho
    Da aurora da minha vida,
    Da minha infância querida
    Que os anos não trazem mais!
    Que amor, que sonhos, que flores,
    Naquelas tardes fagueiras
    À sombra das bananeiras,
    Debaixo dos laranjais!

    Parabéns pela foto!Linda,singela!Fiquei extasiada e feliz em saber que, ainda podemos levar a vida,assim,de forma tão autêntica,beirando o lirismo.

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