Após 12 anos de governo da Frente Popular do Acre, o senador Tião Viana descobriu que é preciso combater a pobreza. Candidato a receber uma pensão vitalícia de mais de 20 mil reais por mês, como já ocorre com o irmão Jorge Viana, Tião prega agora que é preciso diminuir as diferenças entre pobres e ricos. Considerando que uma aposentadoria régia e inconstitucional paga pela previdência estatal a um grupelho de afortunados é um acinte à economia popular, bem que o senador poderia incluir em sua plataforma política a extinção da excrescência acalentada no governo do irmão.
Tião se elegeu a primeira vez para o Senado prometendo saúde de primeiro mundo e a segunda negando a autoria da própria promessa. Geração de empregos e construção de casas populares também já fizeram parte de um amplo cardápio político agora resumido na promessa de socializar a abastança.
“Pés no chão e mãos dadas para uma nova caminhada” foi o slogan escolhido para a apresentação dos candidatos da FPA, nesta sexta-feira, no Parque das Acácias. Parece coisa de quem estava com a cabeça na lua e mais parado que poste. Em relação a tudo que não foi feito para diminuir a distância entre ricos e pobres, essa interpretação não se constitui em exagero.
O tema político escolhido para anabolizar a candidatura de Tião Viana ao governo do Acre soa como alarido de opositor de longa data. É como se o pré-candidato não tivesse feito parte, todo esse tempo, de três governos que foram decisivos para aprofundar o fosso das diferenças sociais.
Mas isso não deve preocupar o petista. Ele sabe que o esquecimento popular é um porão capaz de abrigar todas contradições alheias e as promessas não cumpridas.
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