Por Valterlúcio Campelo
Noves fora a linguagem ufanista, beirando a pieguice, que jornais e jornalistas estão utilizando para propagandear a visita da comitiva acreana à China, considero importante e necessário que tenha ocorrido. O problema está no enfoque de mão trocada. Explico.
Sem essa de "prospectar mercado para os produtos acreanos", por favor. Que produtos? Quase cem por cento do que se produz é madeira, castanha e carne. Fora disso, nada é economicamente relevante. Não precisaria ir a turma toda pra saber se a China precisa desses produtos, não é mesmo?
Do jeito que estão falando, parece que fomos lá perguntar quais entre os produtos acreanos a China precisa importar. Isto é falso. A verdadeira pergunta é: Quais produtos a China precisa que possamos, talvez, vir a produzir? Se o pessoal voltar com uma listinha razoável de uns cinco ítens já é algo a se comemorar, pois dada a dimensão da sua economia qualquer demanda chinesa pode significar a retirada do Acre da estagnação crônica. Isto se a turma do "não mexe" deixar.
Para desilusão de alguns, garanto que a China não parou para ver os acreanos vendendo, mas aposto que o Acre vai parar pra ver os chineses por aqui comprando. O quê, ainda não sei. Aguardemos o retorno de nossa cruzada comercial.
Campelo é autor do blog Valterlúcio COMENTA.
Estou abismado de que o ufanista chefe Jorge Viana, não tenha acompanhado a "thurma" nesta "pequena" viagem. Bem de uma coisa a gente pode ter certeza, "todo mundo por aqui", vai querer "comprar" as coisas que a "comitiva" oficial trará de lá, serão novidades tecnológicas de última geração, sedas e outras cositas mais.
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