A semana começa animada, com a candidata do Lula dizendo que "o debate centrado na ética" é bom para os petralhas. Ela falou hoje a dois repórteres do Estadão. Dilma concedeu a entrevista no Parque da Península dos Ministros, no Lago Sul (Brasília), pouco antes de sua caminhada diária. Falou de improviso, o que justifica o discurso atabalhoado, elíptico e vazio dos que se acostumaram a lidar com subalternos companheiros. Manda, porém, o jogo democrátio (e daí a minha suspeição de que eles não gostam muito da democracia pelo trabalho que ela dá) que a ex-ministra agora persuada o eleitor com o que ela tem de pior, que é a sua retórica de botequim.
Vejamos um exemplo nas palavras da dita cuja:
"Não tivemos na saúde, nos últimos 30 anos, um momento tão propício, como agora. Demos um grande salto quando estruturamos o SUS (Sistema Único de Saúde), ninguém pode negar. O SUS de um lado garantia a atenção básica e a partir de um certo momento, as unidades básicas de saúde, com saúde da família, que atendem a gestantes, crianças e aqueles que têm doenças como diabetes, hipertensão. E tinham os hospitais". Íntegra da entrevista aqui.
Entenderam? É claro que não, já que Dilma Rousseff não consegue dizer as coisas com o mínimo de clareza. Traduzo o que ela gostaria de ter dito: a reestruturação do SUS determinou que aos municípios brasileiros coubessem os serviços que antes eram administrados pela União, como a atenção básica de saúde, a saúde da família, o atendimento às gestantes e crianças e aos portadores de doenças como diabetes e hipertensão. Beleza.
O problema é que a explicação do que Dilma quis dizer não torna verdadeira a sua versão dos fatos. O Sistema Único de Saúde - para usar uma definição do meu amigo Miguel Ortiz, advogado e assessor jurídico do CRM-AC - não existe. O governo federal, que passou a estados e municípios as obrigações que lhe cabiam, não determinou ainda hoje suas contrapartidas financeiras, ainda que municípios sejam obrigados a aplicar 12% de sua receita no setor e os estados, 10%.
O SUS até hoje também não fez o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos servidores municipais de saúde. E não o faz porque assim teria de repassar os recursos aos municípios, o que acabaria com a barganha política que norteia, vergonhosamente, a liberação dessa dinheirama.
Dilma não sabe o que é hospital público, como não sabe o ex-governador Jorge Viana, outro paladino da ética. Na primeira oportunidade que teve de conferir a saúde que ele próprio implantou no Acre, Jorge voou para São Paulo. Em novembro de 2007, acometido por um cisto no nervo auditivo esquerdo, o ex-governador internou-se na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Luiz, na Zona Sul paulista, para fazer a remoção do tumor.
Há poucos dias, como Dilma Rousseff, Jorge Viana invocou a ética em seu discurso panfletário ao dizer o seguinte: "Quero fazer isso [uma campanha] de modo que possa me tornar uma referência de honestidade e ética para o Brasil, isto é, com uma candidatura sem esquemas e estruturas materiais que possam afrontar a realidade brasileira".
Jorge Viana entende tanto de ética quanto Dilma Rousseff de saúde pública.
Meu caro Archibaldo,
ResponderExcluirParabéns pelo post, muito oportuno. Os dois figurões querem encenar novos personagens, na grande peça dos PeTralhas,que é a sua campanha eleitoral,isso nos leva às raias do riso...Se a dupla em questão têm algum conhecimento de ambos temas,ou seja,saúde pública e ética,com certeza são conhecimentos "não contabilizados",por tanto,são conhecimentos que não chegam até o cidadão comum pois,estão guardados no âmago de cada um.
Aviso aos neófitos e paladinos no tema: procurem outro blá blá blá porque o da ética não convence,não é a praia da PeTralhada.A bandeira da ética que o partido a quem ambos servem,foi rasgada e queimada com o Mensalão,dólar na cueca,dossiê dos gastos do ex-presidente FHC e sua esposa,o dossiê montado por Hamilton Lacerda,contra o Serra,em 2006,esses episódios representam juntos o assassinato da ética e da moralidade,e agora é tarde,muito tarde para ressuscitá-la.
Abraço fraterno,
Joanna.
Olá, meu querido Archibaldo:
ResponderExcluirQuando vi seu post, pensei tivesse pinçado frases daquela senhora “ex-tudo”(ex-ministra, ex-guerrilheira, ex-militante de diversos partidos, ex-doutora e dentro de pouco ex-candidata). Após verificar na fonte os comentários objeto de sua correta avaliação constatei que estamos diante um caso explícito de petulante insipiência, talvez atribuível à raspagem do couro cabeludo, com o qual teria ido embora um elevado número de neurônios que a deixaram a mercê de tico e teco (aqueles que os maldosos atribuem às loiras).
O discurso não pode ser levado a sério e nem avaliado porque, como você apropriadamente afirma, a tal candidata “não disse coisa com coisa” Essa senhora não conhece absolutamente NADA do ou sobre o SUS. A candidata assassina até o SUS e suas conceituações mínimas demonstrando despreparo para qualquer pretensão a cargo público, quanto mais para a Presidência da República. E não adianta dizer que ela não vai administrar a saúde porque em partidos como os que ela militou e milita, o respeito ao trabalho técnico não existe, eis que sempre é subordinado ao interesse político e, especialmente, às decisões do mandante de turno.
Já pensou em mãos de quem a dupla “Lu-Jo” quer nos colocar?
Aproveito para recomendar a seus leitores a leitura na revista VEJA desta semana, páginas amarelas, a entrevista dada por Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, ond existe uma aula sobre democracia, ética e competência, indispensáveis para ver este país mudar e crescer.
Se vocês querem saber qual a ética que tem o PT,pergunte aos cooperados da BANCOOP,lesados pela mesma com o sonho da casa própria.Para saber a ética que a Dilma propala,revise os acontecimentos da vida pública,nos cargos que ocupou.Mentirosa contumaz,traidora da sua causa,pois colaborou para o DOPS prender um companheiro da guerrilha,em pleno centro de São Paulo.Essa criatura andrógina não sabe em que lugar está parada.Não tem retórica,nem argumentos para aguentar dez minutos de debate seja em qualquer tema.Ah!o único debate que ela sustenta bem são as táticas de guerrilha,como por exemplo:montar e desmontar um fuzil no escuro,montar carro bomba,etc.E o Jorge Viana?O que ele entende de ética e de saúde pública?Nada!!!Dimla Rousseff e Jorge Viana,dois engodos,figurinhas carimbadas,que ninguém compra mais!!!!!!! Cansei,cansamos,chega de mentira!!!!!Muda o discurso,procura outra platéia,lugar de palhaço e de palhaçada é no circo.
ResponderExcluirQue me desculpe os artistas circenses,eles são muito autênticos,para terem como seus pares dois mentirosos fanfarrões.
O post é excelente,sem sombra de dúvidas pode ser definido como esclarecedor, elucidativo,informativo e educativo.Salve,salve a blogosfera,por permitir o exercício do jornalismo crítico,sem as intervenções dos poderosos de plantão,que engessam e amordaçam a imprensa.Sem mais delongas,Jorge Viana e Dilma Rousseff,não conhecem e não entendem o que é o SUS e,por conseguinte o que é saúde pública porque ambos não recorrem aos mesmos,quando necessitam cuidar da saúde.E,pelo simples fato de ambos não serem técnicos da área mencionada,nem usuários da mesma, não podem falar sem conhecimento de causa.Quanto a ética,nenhum dos dois tem moral e/ou biografia para discorrer sobre a mesma.Melhor que permaneçam calados,cada um recolhendo-se à sua insignificância,assim eles prestam-nos um excelente seviço,que é livrar-nos a todos dessa verborragia barata e enfadonha.
ResponderExcluirExcelente, Archibaldo. Contorço-me todo quando os irmãos Viana e seus puxa-sacos oficiais e não-oficiais falam de saúde pública (a de "primeiro mundo"). Jorge Viana é nosso Fidel Castro. O ditador cubano, que vive brandando a "excelência" da medicina cubana tem dois médicos que cuidam da sua moribunda saúde, dois espanhóis. Como diria o Kiko: "que coisa, não?"
ResponderExcluirÉ difícil se escrever comedidamente quando o assunto é política no Brasil. Por exemplo: depois de 8 anos ouvindo e vendo asneiras de um fanfarrão analfabeto chamado lula, agora estamos diante de uma possível eleição de uma oportunista, mentirosa, ex-guerrilheira e bravateira alcunhada de Dilma. O que será que nós brasileiros fizemos tanto de errado para merecermos essas penitências? Depois de testemunharmos todo aquele escândalo de assalto aos cofres públicos desses petralhas, ainda temos que ouvir (pago com nosso dinheiro) esses canalhas virem a público falar de ética. Olha, dá vontade de desistir de tudo.
ResponderExcluirOito anos de sapo, e agora quatro possíveis anos debaixo de maldade, com a mãe do Chuck. É brincadeira!!!!!!!!!1